Odnośniki


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estendem em certas raízes, como diversos aspectos do espírito do capitalismo, à Idade
Média. Mas foi na ética do protestantismo ascético que encontrou fundamentos éticos
consistentes. Seu significado para o desenvolvimento do capitalismo é óbvio.
Este ascetismo secular protestante, como foi recapitulado até aqui, agiu poderosamente
contra o desfrute espontâneo das riquezas; restringiu o consumo, em espécie supérfluo. Por
outro lado, teve o efeito psicológico de liberarasição das inibições da ética tradicional.
Quebrou as amarras do impulso para a aquisição, não apenas legalizando-as, no sentido
exposto, enfocando o como desejado diretamente por Deus. A guerra contra as tentações da
carne, e da dependência das coisas materiais era, entre os puritanos, como disse
expressamente o grande apologista do quakerismo Barklay, não uma guerra contra a
aquisição racional, mas contra o uso irracional da riqueza.
Embora este uso irracional fosse considerado como forma extrema do luxo e seus códigos
condenados como idolatria à carne, era contudo natural que aparecesse na mentalidade
feudal. Por outro lado aprovavam o uso racional e utilitário da riqueza, desejado por Deus,
para suprir as necessidades do indivíduo e da comunidade. Eles não queriam impor
mortificações aos homens ricos, mas o uso de seus meios para coisas práticas e
necessárias. A idéia de conforto limita de modo característico a extensão dos gastos
eticamente permissíveis. E naturalmente não é por acaso que o desenvolvimento do modo
de vida coerente com tal idéia pode ser observado primeiro e mais claramente entre os
representantes mais consistentes desta atitude global diante da vida. Contra a purpurina e a
ostentação da magnificência feudal que, repousando sobre bases econômicas doentias,
preferia a suja elegância à sóbria simplicidade, eles colocam o limpo e sólido conforto das
casas da classe média como um ideal.
Quanto à produção da riqueza privada, o ascetismo condenava tanto a desonestidade como
a avareza compulsiva. O que condenava como ganância,  mamonismo , etc. era a busca da
riqueza por si mesma, pois a riqueza em si é uma tentação. Mas aí o ascetismo tinha o
poder de  sempre quer o bem, embora crie o mal ; o mal, neste sentido, era a posse e suas
tentações. E em conformidade com o Velho Testamento e em analogia com a avaliação
ética das boas obras, o ascetismo via a busca das riquezas como fim em si mesma como
altamente repreensível; embora sua manutenção como fruto do trabalho na vocação fosse
um sinal da benção de Deus. E mesmo mais importante que isso: a avaliação religiosa do
trabalho sistemático, incansável e contínuo na vocação secular como o mais elevado meio
de ascetismo e, ao mesmo tempo, a mais segura e mais evidente prova de redenção e de
genuína fé, deve ter sido a mais poderosa alavanca concebível para a expansão desta atitude
diante da vida, que chamamos aqui de espírito do capitalismo.
Quando a limitação dó consumo é combinada com a liberação das atividades de busca da
riqueza, o resultado prático inevitável é óbvio: o acúmulo de capital mediante á impulsão
ascética para a poupança. As restrições impostas ao gasto de dinheiro, serviram
naturalmente para aumentá-lo, possibilitando o investimento produtivo do capital.
Infelizmente, o quanto esta influência foi poderosa, não é passível de demonstração
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Max Weber
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estatística exata. Na Nova Inglaterra, a conexão foi t evidente que não escapou ao
ão
discernimento de um historiador preciso como Doyle. Mas também na Holanda, que foi de
fato dominada pelo calvinismo estrito por apenas sete anos, a maior simplicidade de vida
dos círculos religiosos mais sérios, combinada com uma grande riqueza, levou a uma
propensão excessiva ao acúmulo de dinheiro.
Além disso, é também evidente que esta tendência que existiu em todos os tempos e em
toda parte, e que é muito intensa na Alemanha de hoje, de enobrecer as fortunas da classe
média, foi repelida pela antipatia puritana até as formas de vida feudal. Escritores
mercantilistas ingleses do século XVII atribuíram a superioridade do capital holandês sobre
o inglês à circunstância de que a riqueza recém adquirida ali não buscava regularme nte o
investimento em terras. E também, uma vez que não se tratava de uma simples aquisição de
terras, não havia alia busca de restabelecimento de hábitos feudais, com o conseqüente
impedimento de investimento capitalista. A alta consideração pela agricultura como ramo
importante da atividade, especialmente pelo Pietismo e compartilhada pelos puritanos,
aplicava se (por exemplo em Baxter) não ao grande proprietário da terra, mas ao pequeno
proprietário rural e ao lavrador e, no século XVIII, não ao fidalgo rural, mas ao agricultor
racional. Desde o século XVII, dentro da sociedade inglesa como um todo, perpassou o
conflito entre a classe dos proprietários rurais, representantes da  merrie old England , e os
círculos puritanos de influência amplamente variável. Ambos os elementos, ou seja, uma
intacta e ingênua alegria de viver de um lado, e uma conduta ética convencional e um
autocontrole estritamente regulado de outro, estão ainda hoje combinados na formação do
caráter nacional inglês. De modo similar, a história do começo das colônias norte
americanas é dominada pelo agudo contraste entre os aventureiros que queriam implantar
grandes plantations baseadas no trabalho de colonos contratados e viver como senhores
feudais, e a visão tipicamente burguesa dos puritanos.
Até onde se estende a influência da mentalidade puritana, sob todas as circunstâncias e isso
é muito mais importante que um simples encorajamento ao acúmulo  favoreceu o [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]
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